"No mundo das Artes só com muita coragem
se consegue inventar o nosso próprio mundo." Georgia O´Keeffe

A obra de Flo Dinis Klopries - no início marcada por uma forma muito
própria de Figuração - tem-se voltado cada vez mais para a Abstração
e para a Figuração Abstrata mantendo-se no entanto aberta a novas
formas de aproximação artística no futuro. O seu trabalho artístico
também revela frequentemente aquilo a que poderíamos chamar
"In-Betweenness" "Intermediaridade" ou "interrelacionamento"
cultural e artístico imanente.

Apesar de tudo aquilo que as distingue, existem contudo facetas
comuns às várias fases do seu trabalho artístico, tais como:

1)  a procura da dimensão transcendental da natureza e
da existência humana  2)  a ambivalência da expressão artística:
calma /tumulto, sombra/ luz, texturas compactas/ fluidez...  3)  um
questionamento constante da vida e da realidade na suas diferentes
facetas  4)  a importância atribuída ao movimento e à força/energia
intrínseca ao gesto/ato criador. Este último provoca por vezes uma
forte explosão, transformada num enorme mar de cores - por vezes
escuras ou ténues e outras vezes vibrantes - numa infinidade de vozes 
5)  e a atitude de reverência e de espanto perante as maravilhas da
criação que encontram a sua expressão não apenas nas séries de
obras dedicadas à AGUA.

Flo Dinis Klopries pinta e canta da mesma forma: com energia e paixão
mas também com calma e recolhimento trazendo à luz emoções profundas
de paz e comunhão mas também fortes tempestades, saudade e dor.


“Flo DINIS KLOPRIES e a Abstração Aquática”

"Tal como na abstração lírica de Zao Wou-Ki, a  obra
de Flo Dinis Klopries imerge-nos no universo difuso, mas
ao mesmo tempo enérgico, da água e do seu simbolismo.

As suas telas exaltam não só as componentes espiritual e
mística deste elemento mas também a sua energia serena.
Do caos da matéria e da energia do gesto brota uma sinfonia
de luz e cor, um verdadeiro mundo de sensações."

Excertos do texto original em língua francesa de Sarah Noteman,
Historiadora e Crítica de Arte, Paris e Canadá (ler também a versão
original em francês)